Revista Lumina – Dossiê: História, Memória, Comunicação – entre crises e críticas

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Categoria: Chamadas - Revistas
Prazo: 15/06/2021
Data Evento ou Publicação:
Indexação (revistas): B1
Pagamento:

Lumina v.15, n.2 (2021)

Dossiê: História, Memória, Comunicação – entre crises e críticas

Editores Convidados: Ana Regina Rêgo ( UFPI), Marialva Barbosa ( UFRJ) e Igor Sacramento ( Fiocruz e UFRJ)

Compreendendo a História como uma “narrativa sobre um morto”, que em si, se coloca como uma presença de uma ausência, ou ainda, como uma heterologia  (logos do outro) de uma alteridade ausente (CERTEAU, 2011, p.181), nos deparamos com as possibilidades de reinserção do passado a partir de novas interpretações no presente, que pode eliminar as distâncias entre as portas temporais, tornando pensável e interpretável a experiência.

Todavia, pensar a História e sua relação intrínseca com a Memória, uma relação entre mãe (Mnemosyne, a deusa da Memória) e filha ( Clio,  a musa da História) pressupõe trazer à tona as interferências que ambas ocasionam, nos modos de aquisição da experiência como propõe Koselleck (2015) de modo a despertar uma consciência histórica a partir de uma aproximação entre presente e passado, possibilitando  projeções de futuros possíveis.

Nesse contexto, há que se ter em mente as intervenções dos processos de crise e de críticas. A etimologia grega da palavra krisis nos leva ao devir de escolher, distinguir, vinculado a um discernimento, a um julgamento, a uma dúvida. E a positivação da crise que seria a crítica se vincula efetivamente a um juízo, a um julgamento, a uma quebra, à proposições de rupturas. A crítica enquanto positivação de uma crise é ação, força motora que impele em relação a um movimento. Na simbiose indissociável entre a crise e a crítica, podem surgir dimensões de suspensão temporal ou mesmo de ruptura, que pode se situar como totalizantes ou parciais, mas que em si, desestabilizam a normalidade do cotidiano.

As crises e as críticas ao irromperem as estruturas temporais podem abrir perspectivas díspares para o horizonte, de modo que, o que antes estava se desenhando, se apague e novas perspectivas surjam. Crises políticas podem levar os povos à liberdade ou a escravidão. Em Koselleck (2009), a crise nasce da dissociação e perda do vínculo com o passado, que, por sua vez, convoca distintos vínculos com o futuro. A crítica enquanto força motora capaz de transformar presentes históricos em horizontes possíveis provoca mutações no presente, esse tempo que ao mesmo tempo que separa e, é, portanto, a efemeridade do instante, também une e se torna conjuntura e estruturas temporais.

Na comunicação, assim como, na filosofia, as crises e as críticas estão relacionadas com a disputa pela verdade que se dão entre os diversos regimes de verdade (FOUCAULT, 2002) constituídos temporalmente e contextualmente.

De modo sintético, propomos pensar a história da Comunicação pelo viés da historicidade (HEIDEGGER, 2015) objetivando ultrapassar uma história determinista, aumentando as chances de desvelar as faces dos fenômenos da comunicação que, em suas diversas perspectivas, podem estar silenciadas de modo intencional ou não.

Convidamos pesquisadoras e pesquisadores a refletir sobre a história e sua relação com a memória no campo da comunicação, considerando a simbiose entre crise e crítica e os processos interpretativos em nosso campo

Palavras-chave: História; Memória; Comunicação; Crise; Crítica

Datas Importantes:

·       Deadline para o envio de artigos: 15/06/2021

·       unnamed.png Dúvidas: revista.lumina@ufjf.edu.br

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